Ah sim, vão fritar o mito até não poder mais rsrs, aí quando for conveniente que rola o impeachment. Pior que com o Haddad não seria diferente, quem ganhou as eleições do ano passado foi o centrão.
Será que Bolsonaro tem genuíno medo do Mourão? Será que ele tem medo pra valer de um golpe militar? (o que seria a parada mais histericamente hilária da história da humanidade).
Além do afastamento de sigilo de Flávio e seu ex-assessor Queiroz, também terão suas informações bancárias averiguadas a mulher de Flávio, Fernanda Bolsonaro, a empresa de ambos, Bolsotini Chocolates e Café Ltda, as duas filhas de Queiroz, Nathalia e Evelyn, e a mulher do ex-assessor, Marcia.
Caralho, bicho, se eu tivesse aí eu te daria um abraço. Mas se serve de consolo, considere que ela era só uma contra todos os outros professores que estavam lá.Hoje briguei com uma professora bolsominion na sala dos professores.
O cara do sindicato foi lá falar do 15 de Maio, os outros professores pareciam preocupados com a reforma da previdência e eu disse "a gente tem que ir pra rua porque essa reforma só não passou ainda porque o presidente é idiota, se ele não fosse idiota já teria passado, então tem que ter a pressão".
E a moça se levantou "NÃO CHAME MEU PRESIDENTE DE IDIOTA" e começou a me xingar mesmo, dizendo que eu era um vagabundo de 33 anos que nunca trabalhou, que é por isso que eu tô na merda, que filosofia não serve pra nada. Tudo que você vê na internet, ao vivo. Falou mal de Paulo Freire, que o que o PT fez durante x anos, que falta hierarquia e autoridade na escola.
Eu defendi os pontos, exaltado, claro, mas defendi, que achava que falta a escola ser mais livre, que o nosso esquema é um autoritarismo sem autoridade, que não tem nada de Paulo Freire, a gente fica na frente da aula discursando para quem está parado lá passivo, só que a gente não tem autoridade, então eles não respeitam mesmo.
E aí eu disse que mais autoritarismo só levaria à grande parte deles nem virem pra escola, que eles nem entrariam na escola. Aí ela xingou a USP e outra professora lá que também fez USP me defendeu, então ficamos os dois contra ela.
Mas foi feio. Chorei muito quando cheguei em casa de nervoso. Não consegui comer até agora, meu estômago um caco. Vocês acham isso ruim na internet? Nunca queiram uma pessoa olhando pra sua cara berrando que você é um vagabundo que tomara que fique desempregado porque o que você leciona não presta pra nada. Ela disse "não tô nem aí pra filosofia" e eu respondi "é óbvio que não, né?" e em determinado momento da rant ela dizia que falta moral, que a gente não passa moralidade pros alunos. E eu fui: "o que é moralidade pra você? Homossexualismo?" e ela respondeu "não só isso" e eu fui "então também isso, né? O que moralidade tem a ver com homossexualismo?"
Aí ela voltou a xingar o PT e "vocês nesses 16 anos" que destruíram o país, etc e tal e começou uma rant aleatória CONTRA PROFESSORES sendo ela professora NA SALA DOS PROFESSORES. E eu disse "como você não se vê no espelho quando diz isso? Você também é professora." e ela se encheu de orgulho pra falar que não pisava na sala de aula há 12 anos, eu perguntei o que ela fazia ali e ela falou que graças à Deus e Jesus logo vai sair desse inferno e aí eu fui retórico bobão e disse "Não enche a boca pra falar de Jesus que ele foi torturado e você apóia torturador".
Aí a outra professora uspiana me explicou que ela declarou algum problema físico em 2009 e desde então está afastada da sala de aula, só vai pra escola pras reuniões sobre pedagogia. Mas-né: funcionária pública recebendo há mais de década sem trabalhar e xingando todas as instituições que garantem essa vida pra ela, dando graças ao deus bizarro e medonho dela.
Estou muito nervoso. Muito. Não consigo comer, o estômago não aceita. Na hora eu ergui a voz, mas acho que me controlei bem, não a ofendi da forma que ela me ofendeu várias vezes, defendi a filosofia, defendi a USP, defendi uma educação mais libertária e defendi que por pior que seja o ensino atualmente, realizamos o movimento correto em colocar alunos dentro da escola, pois ela claramente se mostrou a favor de expulsar à torto e direito todo mundo que ela chama de vagabundo.
Mas em casa, bicho, em casa eu desabei. Gritava pra minha mãe que eu não comecei o curso de filosofia esperando que fosse dar aula num país que um moleque de 14 anos pode ser convencido pelo pai ou pela internet que eu sou o inimigo e me dar um tiro na cara. Que esse ódio todo é um pesadelo.
Eu sou branco, homem, cis. Eu tiro meu chapéu fodido pra quem sofre qualquer tipo de discriminação nessa sociedade porque bicho, eu tô sentindo um gostinho só e dias como hoje são foda. É difícil mesmo. Essa noção de que a sociedade te odeia e que quem tá no poder ficaria feliz com tua morte, que tem gente por aí que acredita no seu extermínio.
O ódio com que ela falava de mim, sem nunca me conhecer, sem nem saber meu nome, nunca falei com ela, essas informações de que eu tenho 33 anos anos, fiz usp, tenho mestrado, essas coisas ela pegou de ficar ouvindo, acumulando raiva provavelmente, de conversas com outros professores. E aí ela despejou tudo de uma vez, uma rant mesmo, um fluxo de consciência do mal onde eu era o demônio responsável por todos os males.
No fim indo embora, o que eu consegui mandar foi um "o seu político de estimação não idolatrou o Figuereiro, idolatrou o torturador". E é isso.
A outra professora me consolou um pouco, falou nessa linguagem mais simples que essa provavelmente tinha "problema mental". Não acho. Não tem diagnóstico particular não. É uma doença social. É raiva mesmo. Raiva que ela aprendeu. Ressentimento que criaram nela. Ódio contra a universidade pública, contra filosofia, contra todo mundo que a teoria de conspiração mais recente diz que é responsável pela vida dela ser uma merda.
A vida de todo mundo é uma merda, bicho. A minha não é por culpa dela e a dela não é por culpa minha.
Falei isso pra minha mãe, chorando, histérico, mas nesse momento me vem muito como verdade. Esse ódio todo não se dissipa. A pessoa não aprende assim a odiar alguém e ter alguém como inimigo só pra depois passar, sabe? Isso não é eu defendendo o FHC e ela o Lula. Não é nem eu defendendo o impeachment da Dilma, que pessoal aqui lembra que eu fiz.
Isso é raiva. É desejo de eliminação.
Ou esse pessoal é desmoralizado e volta pra sarjeta ou isso não vai acabar bem porque essa raiva não vai passar. Eles querem levar isso às últimas consequências.
-
Pior que hoje eu dei uma aula boa, passei pra eles um texto do Locke, veja só, pai do liberalismo, fizeram, estava lendo e me surpreendi positivamente com algumas redações. Um dia que eu saí animado da sala de aula.
Que merda.
Talvez algum jogo de grand strategy, tipo Civilization, pra falar sobre diferentes tipos de política. Um Cities Skylines pra falar sobre urbanismo. This War of Mine pra falar sobre a a guerra sob o ponto de vista das pessoas afetadas por ela, e não pelos combatentes (como acontece nos jogos de tiro).Ôoo meus irmão br, mudando o assunto sobre nossa triste política, preciso de uma ajuda.
Vou fazer um evento na minha universidade que seria pra trazer a reflexão sobre jogos como meio de impacto e inclusão social. Vai ter uma palestra e depois eles vão poder jogar até morrer lol (GameNight). Tipo, desde aqueles jogos que implementam alguma coisa no sistema pra ajudar pessoas até jogos que trabalham com temas de impacto. Vou dar exemplos do que tinha pensado.
Jogos com implementações no sistema:
Super Mario Odyssey - Assist Mode: I've read some cases of parents really happy that their sons with less than 5 y.o. completed Mario. Mario Kart 8 Deluxe - Steering Mode: Practically a similar case to SMO. Splatoon 2 - Color lock: For Color Blind people.
Jogos que trabalham com temas de impacto:
Life is Strange - Bullying, LGBT. Celeste - Depression. Hellblade: Senua's Sacrifice - Psychosis. Gone Home - LGBT. Orwell - Surveillance issues. That Dragon, Cancer - The name says for itself :c
Tão em inglês porque tava tentando postar em alguns outros lugares. Queria postar aqui no ERA, que acho o local mais adequado pra perguntar kk, mas acabei de criar conta e não posso criar tópico t.t. Deem exemplos pls :)
Cara continua o que você tá fazendo, não deixa ninguem que sabe menos de filosofia que você querer mudar sua opinião sobre o quão util ela éHoje briguei com uma professora bolsominion na sala dos professores.
O cara do sindicato foi lá falar do 15 de Maio, os outros professores pareciam preocupados com a reforma da previdência e eu disse "a gente tem que ir pra rua porque essa reforma só não passou ainda porque o presidente é idiota, se ele não fosse idiota já teria passado, então tem que ter a pressão".
E a moça se levantou "NÃO CHAME MEU PRESIDENTE DE IDIOTA" e começou a me xingar mesmo, dizendo que eu era um vagabundo de 33 anos que nunca trabalhou, que é por isso que eu tô na merda, que filosofia não serve pra nada. Tudo que você vê na internet, ao vivo. Falou mal de Paulo Freire, que o que o PT fez durante x anos, que falta hierarquia e autoridade na escola.
Eu defendi os pontos, exaltado, claro, mas defendi, que achava que falta a escola ser mais livre, que o nosso esquema é um autoritarismo sem autoridade, que não tem nada de Paulo Freire, a gente fica na frente da aula discursando para quem está parado lá passivo, só que a gente não tem autoridade, então eles não respeitam mesmo.
E aí eu disse que mais autoritarismo só levaria à grande parte deles nem virem pra escola, que eles nem entrariam na escola. Aí ela xingou a USP e outra professora lá que também fez USP me defendeu, então ficamos os dois contra ela.
Mas foi feio. Chorei muito quando cheguei em casa de nervoso. Não consegui comer até agora, meu estômago um caco. Vocês acham isso ruim na internet? Nunca queiram uma pessoa olhando pra sua cara berrando que você é um vagabundo que tomara que fique desempregado porque o que você leciona não presta pra nada. Ela disse "não tô nem aí pra filosofia" e eu respondi "é óbvio que não, né?" e em determinado momento da rant ela dizia que falta moral, que a gente não passa moralidade pros alunos. E eu fui: "o que é moralidade pra você? Homossexualismo?" e ela respondeu "não só isso" e eu fui "então também isso, né? O que moralidade tem a ver com homossexualismo?"
Aí ela voltou a xingar o PT e "vocês nesses 16 anos" que destruíram o país, etc e tal e começou uma rant aleatória CONTRA PROFESSORES sendo ela professora NA SALA DOS PROFESSORES. E eu disse "como você não se vê no espelho quando diz isso? Você também é professora." e ela se encheu de orgulho pra falar que não pisava na sala de aula há 12 anos, eu perguntei o que ela fazia ali e ela falou que graças à Deus e Jesus logo vai sair desse inferno e aí eu fui retórico bobão e disse "Não enche a boca pra falar de Jesus que ele foi torturado e você apóia torturador".
Aí a outra professora uspiana me explicou que ela declarou algum problema físico em 2009 e desde então está afastada da sala de aula, só vai pra escola pras reuniões sobre pedagogia. Mas-né: funcionária pública recebendo há mais de década sem trabalhar e xingando todas as instituições que garantem essa vida pra ela, dando graças ao deus bizarro e medonho dela.
Estou muito nervoso. Muito. Não consigo comer, o estômago não aceita. Na hora eu ergui a voz, mas acho que me controlei bem, não a ofendi da forma que ela me ofendeu várias vezes, defendi a filosofia, defendi a USP, defendi uma educação mais libertária e defendi que por pior que seja o ensino atualmente, realizamos o movimento correto em colocar alunos dentro da escola, pois ela claramente se mostrou a favor de expulsar à torto e direito todo mundo que ela chama de vagabundo.
Mas em casa, bicho, em casa eu desabei. Gritava pra minha mãe que eu não comecei o curso de filosofia esperando que fosse dar aula num país que um moleque de 14 anos pode ser convencido pelo pai ou pela internet que eu sou o inimigo e me dar um tiro na cara. Que esse ódio todo é um pesadelo.
Eu sou branco, homem, cis. Eu tiro meu chapéu fodido pra quem sofre qualquer tipo de discriminação nessa sociedade porque bicho, eu tô sentindo um gostinho só e dias como hoje são foda. É difícil mesmo. Essa noção de que a sociedade te odeia e que quem tá no poder ficaria feliz com tua morte, que tem gente por aí que acredita no seu extermínio.
O ódio com que ela falava de mim, sem nunca me conhecer, sem nem saber meu nome, nunca falei com ela, essas informações de que eu tenho 33 anos anos, fiz usp, tenho mestrado, essas coisas ela pegou de ficar ouvindo, acumulando raiva provavelmente, de conversas com outros professores. E aí ela despejou tudo de uma vez, uma rant mesmo, um fluxo de consciência do mal onde eu era o demônio responsável por todos os males.
No fim indo embora, o que eu consegui mandar foi um "o seu político de estimação não idolatrou o Figuereiro, idolatrou o torturador". E é isso.
A outra professora me consolou um pouco, falou nessa linguagem mais simples que essa provavelmente tinha "problema mental". Não acho. Não tem diagnóstico particular não. É uma doença social. É raiva mesmo. Raiva que ela aprendeu. Ressentimento que criaram nela. Ódio contra a universidade pública, contra filosofia, contra todo mundo que a teoria de conspiração mais recente diz que é responsável pela vida dela ser uma merda.
A vida de todo mundo é uma merda, bicho. A minha não é por culpa dela e a dela não é por culpa minha.
Falei isso pra minha mãe, chorando, histérico, mas nesse momento me vem muito como verdade. Esse ódio todo não se dissipa. A pessoa não aprende assim a odiar alguém e ter alguém como inimigo só pra depois passar, sabe? Isso não é eu defendendo o FHC e ela o Lula. Não é nem eu defendendo o impeachment da Dilma, que pessoal aqui lembra que eu fiz.
Isso é raiva. É desejo de eliminação.
Ou esse pessoal é desmoralizado e volta pra sarjeta ou isso não vai acabar bem porque essa raiva não vai passar. Eles querem levar isso às últimas consequências.
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Pior que hoje eu dei uma aula boa, passei pra eles um texto do Locke, veja só, pai do liberalismo, fizeram, estava lendo e me surpreendi positivamente com algumas redações. Um dia que eu saí animado da sala de aula.
Que merda.
Ôoo meus irmão br, mudando o assunto sobre nossa triste política, preciso de uma ajuda.
Vou fazer um evento na minha universidade que seria pra trazer a reflexão sobre jogos como meio de impacto e inclusão social. Vai ter uma palestra e depois eles vão poder jogar até morrer lol (GameNight). Tipo, desde aqueles jogos que implementam alguma coisa no sistema pra ajudar pessoas até jogos que trabalham com temas de impacto. Vou dar exemplos do que tinha pensado.
Jogos com implementações no sistema:
Super Mario Odyssey - Assist Mode: I've read some cases of parents really happy that their sons with less than 5 y.o. completed Mario. Mario Kart 8 Deluxe - Steering Mode: Practically a similar case to SMO. Splatoon 2 - Color lock: For Color Blind people.
Jogos que trabalham com temas de impacto:
Life is Strange - Bullying, LGBT. Celeste - Depression. Hellblade: Senua's Sacrifice - Psychosis. Gone Home - LGBT. Orwell - Surveillance issues. That Dragon, Cancer - The name says for itself :c
Tão em inglês porque tava tentando postar em alguns outros lugares. Queria postar aqui no ERA, que acho o local mais adequado pra perguntar kk, mas acabei de criar conta e não posso criar tópico t.t. Deem exemplos pls :)
Ôoo meus irmão br, mudando o assunto sobre nossa triste política, preciso de uma ajuda.
Vou fazer um evento na minha universidade que seria pra trazer a reflexão sobre jogos como meio de impacto e inclusão social. Vai ter uma palestra e depois eles vão poder jogar até morrer lol (GameNight). Tipo, desde aqueles jogos que implementam alguma coisa no sistema pra ajudar pessoas até jogos que trabalham com temas de impacto. Vou dar exemplos do que tinha pensado.
Jogos com implementações no sistema:
Super Mario Odyssey - Assist Mode: I've read some cases of parents really happy that their sons with less than 5 y.o. completed Mario. Mario Kart 8 Deluxe - Steering Mode: Practically a similar case to SMO. Splatoon 2 - Color lock: For Color Blind people.
Jogos que trabalham com temas de impacto:
Life is Strange - Bullying, LGBT. Celeste - Depression. Hellblade: Senua's Sacrifice - Psychosis. Gone Home - LGBT. Orwell - Surveillance issues. That Dragon, Cancer - The name says for itself :c
Tão em inglês porque tava tentando postar em alguns outros lugares. Queria postar aqui no ERA, que acho o local mais adequado pra perguntar kk, mas acabei de criar conta e não posso criar tópico t.t. Deem exemplos pls :)
Ôoo meus irmão br, mudando o assunto sobre nossa triste política, preciso de uma ajuda.
Vou fazer um evento na minha universidade que seria pra trazer a reflexão sobre jogos como meio de impacto e inclusão social. Vai ter uma palestra e depois eles vão poder jogar até morrer lol (GameNight). Tipo, desde aqueles jogos que implementam alguma coisa no sistema pra ajudar pessoas até jogos que trabalham com temas de impacto. Vou dar exemplos do que tinha pensado.
Jogos com implementações no sistema:
Super Mario Odyssey - Assist Mode: I've read some cases of parents really happy that their sons with less than 5 y.o. completed Mario. Mario Kart 8 Deluxe - Steering Mode: Practically a similar case to SMO. Splatoon 2 - Color lock: For Color Blind people.
Jogos que trabalham com temas de impacto:
Life is Strange - Bullying, LGBT. Celeste - Depression. Hellblade: Senua's Sacrifice - Psychosis. Gone Home - LGBT. Orwell - Surveillance issues. That Dragon, Cancer - The name says for itself :c
Tão em inglês porque tava tentando postar em alguns outros lugares. Queria postar aqui no ERA, que acho o local mais adequado pra perguntar kk, mas acabei de criar conta e não posso criar tópico t.t. Deem exemplos pls :)
Hoje briguei com uma professora bolsominion na sala dos professores.
O cara do sindicato foi lá falar do 15 de Maio, os outros professores pareciam preocupados com a reforma da previdência e eu disse "a gente tem que ir pra rua porque essa reforma só não passou ainda porque o presidente é idiota, se ele não fosse idiota já teria passado, então tem que ter a pressão".
E a moça se levantou "NÃO CHAME MEU PRESIDENTE DE IDIOTA" e começou a me xingar mesmo, dizendo que eu era um vagabundo de 33 anos que nunca trabalhou, que é por isso que eu tô na merda, que filosofia não serve pra nada. Tudo que você vê na internet, ao vivo. Falou mal de Paulo Freire, que o que o PT fez durante x anos, que falta hierarquia e autoridade na escola.
Eu defendi os pontos, exaltado, claro, mas defendi, que achava que falta a escola ser mais livre, que o nosso esquema é um autoritarismo sem autoridade, que não tem nada de Paulo Freire, a gente fica na frente da aula discursando para quem está parado lá passivo, só que a gente não tem autoridade, então eles não respeitam mesmo.
E aí eu disse que mais autoritarismo só levaria à grande parte deles nem virem pra escola, que eles nem entrariam na escola. Aí ela xingou a USP e outra professora lá que também fez USP me defendeu, então ficamos os dois contra ela.
Mas foi feio. Chorei muito quando cheguei em casa de nervoso. Não consegui comer até agora, meu estômago um caco. Vocês acham isso ruim na internet? Nunca queiram uma pessoa olhando pra sua cara berrando que você é um vagabundo que tomara que fique desempregado porque o que você leciona não presta pra nada. Ela disse "não tô nem aí pra filosofia" e eu respondi "é óbvio que não, né?" e em determinado momento da rant ela dizia que falta moral, que a gente não passa moralidade pros alunos. E eu fui: "o que é moralidade pra você? Homossexualismo?" e ela respondeu "não só isso" e eu fui "então também isso, né? O que moralidade tem a ver com homossexualismo?"
Aí ela voltou a xingar o PT e "vocês nesses 16 anos" que destruíram o país, etc e tal e começou uma rant aleatória CONTRA PROFESSORES sendo ela professora NA SALA DOS PROFESSORES. E eu disse "como você não se vê no espelho quando diz isso? Você também é professora." e ela se encheu de orgulho pra falar que não pisava na sala de aula há 12 anos, eu perguntei o que ela fazia ali e ela falou que graças à Deus e Jesus logo vai sair desse inferno e aí eu fui retórico bobão e disse "Não enche a boca pra falar de Jesus que ele foi torturado e você apóia torturador".
Aí a outra professora uspiana me explicou que ela declarou algum problema físico em 2009 e desde então está afastada da sala de aula, só vai pra escola pras reuniões sobre pedagogia. Mas-né: funcionária pública recebendo há mais de década sem trabalhar e xingando todas as instituições que garantem essa vida pra ela, dando graças ao deus bizarro e medonho dela.
Estou muito nervoso. Muito. Não consigo comer, o estômago não aceita. Na hora eu ergui a voz, mas acho que me controlei bem, não a ofendi da forma que ela me ofendeu várias vezes, defendi a filosofia, defendi a USP, defendi uma educação mais libertária e defendi que por pior que seja o ensino atualmente, realizamos o movimento correto em colocar alunos dentro da escola, pois ela claramente se mostrou a favor de expulsar à torto e direito todo mundo que ela chama de vagabundo.
Mas em casa, bicho, em casa eu desabei. Gritava pra minha mãe que eu não comecei o curso de filosofia esperando que fosse dar aula num país que um moleque de 14 anos pode ser convencido pelo pai ou pela internet que eu sou o inimigo e me dar um tiro na cara. Que esse ódio todo é um pesadelo.
Eu sou branco, homem, cis. Eu tiro meu chapéu fodido pra quem sofre qualquer tipo de discriminação nessa sociedade porque bicho, eu tô sentindo um gostinho só e dias como hoje são foda. É difícil mesmo. Essa noção de que a sociedade te odeia e que quem tá no poder ficaria feliz com tua morte, que tem gente por aí que acredita no seu extermínio.
O ódio com que ela falava de mim, sem nunca me conhecer, sem nem saber meu nome, nunca falei com ela, essas informações de que eu tenho 33 anos anos, fiz usp, tenho mestrado, essas coisas ela pegou de ficar ouvindo, acumulando raiva provavelmente, de conversas com outros professores. E aí ela despejou tudo de uma vez, uma rant mesmo, um fluxo de consciência do mal onde eu era o demônio responsável por todos os males.
No fim indo embora, o que eu consegui mandar foi um "o seu político de estimação não idolatrou o Figuereiro, idolatrou o torturador". E é isso.
A outra professora me consolou um pouco, falou nessa linguagem mais simples que essa provavelmente tinha "problema mental". Não acho. Não tem diagnóstico particular não. É uma doença social. É raiva mesmo. Raiva que ela aprendeu. Ressentimento que criaram nela. Ódio contra a universidade pública, contra filosofia, contra todo mundo que a teoria de conspiração mais recente diz que é responsável pela vida dela ser uma merda.
A vida de todo mundo é uma merda, bicho. A minha não é por culpa dela e a dela não é por culpa minha.
Falei isso pra minha mãe, chorando, histérico, mas nesse momento me vem muito como verdade. Esse ódio todo não se dissipa. A pessoa não aprende assim a odiar alguém e ter alguém como inimigo só pra depois passar, sabe? Isso não é eu defendendo o FHC e ela o Lula. Não é nem eu defendendo o impeachment da Dilma, que pessoal aqui lembra que eu fiz.
Isso é raiva. É desejo de eliminação.
Ou esse pessoal é desmoralizado e volta pra sarjeta ou isso não vai acabar bem porque essa raiva não vai passar. Eles querem levar isso às últimas consequências.
-
Pior que hoje eu dei uma aula boa, passei pra eles um texto do Locke, veja só, pai do liberalismo, fizeram, estava lendo e me surpreendi positivamente com algumas redações. Um dia que eu saí animado da sala de aula.
Que merda.
Só se Rodrigão for preso.E aí? Muda tudo de novo as dinâmicas de poder nesse país?
https://www1.folha.uol.com.br/poder...ia-e-a-politicos-de-ao-menos-4-partidos.shtml
E aí? Muda tudo de novo as dinâmicas de poder nesse país?
https://www1.folha.uol.com.br/poder...ia-e-a-politicos-de-ao-menos-4-partidos.shtml
Os bolsominions elegeram como inimigo do dia (tem que ter uma central coordenando isso, não é possível, são as mesmas mensagens repetidas nos mesmos dias) o "centrão", com fotos do PSDB. Estão com raiva do Dória por algum motivo e culpando principalmente Rodrigo Maia por tudo estar dando errado.
É lindo. É o paraíso. É o melhor dos cenários dadas as circunstâncias.
Uma boa movimentação nas ruas hoje e o congresso pode escolher justamente a defesa da educação (que é um valor universal) pra fazer oposição ao Bolsonaro.
De muitas maneiras, o bolsonarismo é o maior aliado contra o bolsonarismo.
-
Era só o Bolsonaro sentar pra conversar com o Maia e ele teria tudo que quisesse de mão beijada. Não creio em Deus, mas tenho rezado todo dia pra que ele jamais perceba isso.
Eu não vejo nada de errado de partidos participarem de manifestações, mas que dá uma raivinha do PT metendo um Lula Livre em qualquer coisa, isso dá.
Não tem munição mais fácil pra descreditar a manifestação que isso.
Eu não vejo nada de errado de partidos participarem de manifestações, mas que dá uma raivinha do PT metendo um Lula Livre em qualquer coisa, isso dá.
Não tem munição mais fácil pra descreditar a manifestação que isso.
1) Pelo menos não é monarquia/ditadura militar
2) os ultimos roles do bolsonaro prometer stf ou mesmo o investimento da educação que o lula fez durante seu governo já justificam.
3) https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/n...-de-policiamento-de-choque-em-sao-paulo.ghtml
4) os minions não vão parar de falar do lula então pelo menos impede o "lula ta preso babaca" e ai eles tentam variar mais
Não esperava rir tanto vendo notícia hoje.
Tem essas duas ainda:
Alguém da admnistração Trump foi? Li em algum lugar que Mike Pompeo iria, mas cancelou de última hora.
1) Pelo menos não é monarquia/ditadura militar
2) os ultimos roles do bolsonaro prometer stf ou mesmo o investimento da educação que o lula fez durante seu governo já justificam.
3) https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/n...-de-policiamento-de-choque-em-sao-paulo.ghtml
4) os minions não vão parar de falar do lula então pelo menos impede o "lula ta preso babaca" e ai eles tentam variar mais
Eu sei que o Texas tem uma reputação que é merecida, mas geralmente as cidades grandes como Dallas/Austin/Houston/San Antonio são em sua maioria democratas.Acho muito engraçado que o prefeito de uma cidade no TEXAS tenha mandado o bolsonaro as favas
Tipo ... o estado dos eua que ta quase tão ruim quanto o Alabama que ta dando mais tempo de cadeia pra medico que faz aborto que pra assasino ou estuprador
Dólar a 4 reais de novo. Queria beber no momento mas talvez seja melhor economizar no momento.